The Weeknd é melancólico, noturno, obscuro e underground. Aquele tipo de música perfeita pra ser ouvida as 3h da manhã em uma vibe reflexiva. E isso é muito, muito bom! Mas muito se especulou quando o artista assinou com uma gravadora: será que ele perderia seu controle criativo e, então, seu estilo? Bom… não, não perdeu. Acho que significou uma evolução, aliás.
Já começamos a ouvir sua voz nas rádios no ano passado, junto a Ariana Grande, em Love me Harder. Lembro de ter lido uma entrevista do presidente da gravadora dos dois dizendo que incluir The Weeknd em uma parceria com a popstar já era uma estratégia da empresa para o lançamento do primeiro CD do cara. Fiquei ansioso e valeu a espera.
Os singles mais palatáveis ao grande público, em relação a seus últimos trabalhos independentes, conseguem introduzir bem quem o ouve ao mundo misterioso e escuro do cantor. “Earned It” (trilha tema de 50 Tons de Cinza), “Can’t Fel My Face” e “The Hills” subiram direto pro topo da lista de mais tocadas da Billboard. São ótimas. O restante do álbum é mais próximo do que ele vinha fazendo e com certeza agradará.
Minha preferida? “Often”! O remix do Kygo para a música então… Também não deixaria de experimentar “Tell Your Friends”, “Shameless” e “Prisioner”, parceria com sua musa Lana Del Rey. Em entrevista ele até já disse que ele é o cara das músicas dela, e ela a das dele.
É impossível não comparar a voz do cantor com Michael Jackson em alguns momentos. Na ótima apresentação que fez no VMA, em meio ao fogo, ficou muito clara a influência do rei inclusive em sua dança. E vamos combinar: é impossível não entrar no groove do baixo de Can’t Feel My Face.
Beauty Behind the Madness é realmente o que seu título insinua: boas músicas tiradas de um grande artista que sofre louco de amor… de vícios. Ouvi-lo é entrar em seu mundo particular e ser transportado por emoções o tempo todo. Já queremos mais.
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